O que faz um colaborador vestir a camisa da instituição?
- Higya Alessandra Merlin

- 14 de abr. de 2018
- 3 min de leitura
Atualizado: 24 de jan. de 2020

Primeiramente, vamos entender aqui colaborador como alguém que tem ligação com um local, seja essa ligação formal ou não. Assim, a palavra colaborador vai servir aqui para funcionário, servidor público, parceiros, até clientes...
Da mesma forma, instituição vai servir aqui para empresa privada, órgão público, organizações beneficentes, grupos de caridade...
Enfim, os princípios são os mesmos!
Instituições que não têm seus colaboradores engajados vivem patinando, apagando incêndios, correndo atrás do prejuízo, lutando contra absenteísmo, presenteísmo, turnover, atos desonestos, reclamações de toda sorte.
Pois bem... O que faz alguém vestir a camisa, dar o sangue, respeitar, querer fazer o melhor?
Na verdade, são vários fatores que podem ser traduzidos em uma palavra para fins de desenvolvimento de raciocínio: LIDERANÇA!
Uma instituição que tem colaboradores engajados tem líderes e não chefes. Tendo líderes, as pessoas são contagiadas pelo exemplo e pelas atitudes profissionais proativas, respeitosas e inspiradoras. O líder é admirado!
Isso vai implicar em regras claras e meritocracia. Meritocracia significa qualidade de vida no trabalho, porque envolve reconhecimento e possibilidades transparentes de ascensão.
Verdadeiros líderes entendem verdadeiramente de pessoas, sabem que o principal ativo de qualquer instituição é o seu capital humano.
Sabendo disso, dão o exemplo e prezam por regras claras e profissionais, ainda que não agradem a todos, ainda que nem sempre da forma ideal, mas na possibilidade do contexto. Nem sempre fazer o ideal é possível, mas o líder toma suas decisões com base em dados e não em fatores pessoais.
Instituições assim têm um bom clima organizacional, e, para o colaborador, ir trabalhar não é um fardo, mas um "prazer necessário".
Tudo isso está ligado ao conhecimento e à sabedoria. Líderes são sábios e, por isso, sabem que nunca saberão tudo, que o aprendizado deve ser constante e que a cabeça precisa estar aberta às mudanças. Ouvir as pessoas é essencial!
Instituições assim têm um propósito claro, uma missão difundida e que corre nas veias de seus colaboradores. Isso provoca a sensação de pertencimento. Trabalhar sem propósito é como cumprir uma pena condenatória.
Aí você me questiona: mas isso não seria uma utopia? Afinal, não é isso que vemos por aí.
Aí eu devolvo: sim, infelizmente, não é isso que vemos por aí, mas, o que você está fazendo para mudar a sua realidade? Você tem sido um líder de verdade, inclusive na sua vida, no gerenciamento da sua carreira? Qual a sua parcela de contribuição para melhorar a instituição onde você trabalha? Se você ocupa uma função gerencial, essas perguntas devem bater no peito mais fundo ainda, pois você tem o poder de sugerir.
Agora um outro lado da moeda, e também muito real: quando nossos valores não combinam com os valores da instituição (sim, isso existe, e muito!).
Pode acontecer de você fazer a sua parte, ser um diferencial, buscar desenvolvimento constante, mas não encontrar espaço numa cultura organizacional que não promove o pertencimento, que não estimula ou não permite o crescimento.
E aí? Aí é hora de mudar, buscar novos ares. Cultura organizacional é algo muito arraigado, está diretamente ligada à alta cúpula, ao histórico da instituição. Se as mudanças não são patrocinadas por quem está no mais alto poder, pode ser muito difícil mudar alguma coisa nesse sistema.
Pode chegar um momento da sua carreira em que você vai se questionar: o que estou fazendo da minha vida? Afinal, é no trabalho que passamos boa parte do nosso tempo. E o ambiente de trabalho pode se transformar em fator de adoecimento.
Nessa reflexão, é primordial lembrar que as consequências serão sempre suas: o desânimo, a apatia, a falta de propósito, as doenças... Portanto, se os seus valores não coadunam com os valores do local onde você trabalha, pense em mudanças o mais rápido possível, pois a vida é agora.
Mudança pode envolver tanta coisa, mas sempre começa de dentro, do jeito como olhamos as coisas e reagimos a elas. Você pode mudar até sem sair do lugar. Mas isso já é assunto para outro post.
Fica a reflexão!
Um abraço.



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