O mundo da gestão é permeado por palavras estrangeiras, e uma delas é empowerment, que em bom português significa empoderamento.

Empowerment pressupõe valorização e confiança. Empoderar pessoas ou equipes tem por finalidade aumentar o grau de responsabilidade na execução das tarefas, com a busca da melhoria contínua do trabalho.

O empoderamento é orientado para as metas a serem alcançadas, tendo como foco principal os clientes da organização, sejam eles internos ou externos. Mais uma vez, surge aqui a importância da missão e da visão do negócio.

Empowerment implica em descentralização de decisões, gestão participativa e autonomia dos liderados. Consequentemente, atua na motivação das pessoas, flexibilidade e potencial de competitividade, fazendo com que os colaboradores realmente vistam a camisa da empresa.

Um líder pode e deve empoderar a sua equipe. Mas atenção: isso não significa somente delegar ou transferir verbalmente o poder às pessoas! É necessário prover as condições para que elas exerçam essa responsabilidade e possam de fato ter a sensação de pertencimento ao negócio.

Gosto de associar o empowerment ao microempreendedorismo. Essa responsabilidade associada aos meios para a obtenção dos resultados pode fomentar o espírito empreendedor das pessoas. E empreendedor não é só aquele que abre um negócio, uma empresa. As pessoas podem e devem ser empreendedoras dentro das organizações, em seus locais de trabalho, mesmo nas pequenas atitudes diárias.

O perfil empreendedor nas mais variadas áreas da organização impulsiona o crescimento e a competitividade. O empreendedor é criativo, proativo (antecipa-se aos fatos), inovador, busca a melhoria contínua e tem boa rede de contatos.

Quantos perfis empreendedores podem estar escondidos em rotinas burocráticas e até desnecessárias? Quantas melhorias podem estar encubadas por falta de voz? O líder imediato deve ser um empoderador da sua equipe, dando espaço aos talentos da organização.

E é bom lembrar que o verdadeiro líder não tem problemas com o sucesso dos outros. Se a equipe vai bem, mérito para ele, que é o coordenador, o timoneiro.

E se o destaque de um ou vários membros culminar em promoção, desfalcando a equipe? Bem, aqui devemos lembrar que o empowerment também tem essa finalidade: estimular a aparição ou o desenvolvimento de novos líderes. Isso deve ser visto pelo lado positivo. O processo sucessório é necessário e nem sempre é tão fácil como imaginamos. Portanto, é importante e menos dispendioso descobrir talentos na própria organização e agir para não perdê-los.

Líder, não tenha medo de empoderar a sua equipe. Invista nas pessoas, elas são o principal ativo da organização. E outra: insegurança pessoal não combina com liderança.

Você dá autonomia aos seus liderados? Você os escuta e faz com que eles se sintam pertencentes ao processo?

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