Por que não pensamos nisso antes?
- Higya Alessandra Merlin

- 4 de fev. de 2018
- 2 min de leitura

Quantas vezes já passamos por esse questionamento, não é?
Uma solução que surge, uma ideia inovadora, algo por vezes tão simples, mas que demoramos tanto tempo para enxergar.
Por que não pensamos nisso antes?
Por que não era a hora? Por que não estávamos maduros? Ou por que nossos líderes não são constantemente desenvolvidos?
Cabe aqui uma reflexão...
É claro que, muitas vezes, não era a hora ou não estávamos maduros para a implementação dessa ou daquela ideia, solução ou projeto. Mas, vamos ser absolutamente sinceros agora...
Será que as soluções inteligentes não deixam de surgir mais rapidamente devido à falta de preparo das nossas lideranças, para não dizer falta de lideranças?
Será que, muitas vezes, as ideias não são aceitas porque os chefes deixam a vaidade falar mais alto? Guerra de egos, competições inúteis, pensamentos individualistas... Tudo isso acaba por prejudicar a todos, sem exceção.
Um dos fatores relacionadas à mudança diz respeito a gerentes inovadores. Isso significa que líderes com pensamento inovador contribuem para que a evolução chegue mais rapidamente e, com isso, todos desfrutem de seus benefícios.
Sim, muitas vezes não pensamos nisso antes porque os condutores da organização não são constantemente desenvolvidos ou não querem desenvolver-se para realmente assumirem seu papel de liderança.
Aquele papel sobre o qual tanto falamos: inspirar, conduzir, promover o desenvolvimento da equipe, delegar, dar feedback, receber feedback, inovar...
É o líder o timoneiro que vai conduzir a equipe para o comodismo ou para a inovação inteligente e sustentável. Por mais que haja membros da equipe dispostos, motivados e inovadores, se o líder não ouve, não aceita ou não quer ao menos conhecer o assunto, os projetos não vão dar resultado.
Pensando na organização como um todo, o corpo de líderes, sobretudo do nível estratégico, ditará as regras informais do caminhar da organização. Não adianta, portanto, ter lindos documentos publicados.
O que conta para os colaboradores é como as coisas desenrolam-se no dia a dia. Isso vai definir a qualidade de vida no trabalho, ou seja, a sensação de pertencimento, meritocracia e justiça organizacional. É isso que vai impactar os índices de absenteísmo, presenteísmo e o turnover. É isso que vai fazer com que as pessoas “vistam a camisa” da organização, queriam desenvolver-se e buscar soluções inovadoras para bater as metas e produzir mais e melhor.
Muitas vezes, até pensamos nisso antes! Mas ninguém quis sequer ouvir. Ou até ouviu, mas já disposto a não compreender. Isso quando não se contratam consultores externos para falar o que muitas pessoas de dentro da organização estão gritando há tempos. É feito, então, um belo trabalho de consultoria, para ser devidamente engavetado.
E assim vamos seguindo... Patinando, reclamando das dificuldades, do sistema, da falta de mais colaboradores, do excesso de serviço... Até quando não vamos pensar nisso antes? Até quando não vamos ouvir quem tem algo a dizer e que de fato possa contribuir? Até quando estaremos amarrados a pensamentos de grupos, bloqueando quem pensa diferente?
Resposta: até quando nossos interesses individuais falarem mais alto que os interesses da coletividade.



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